Terça-feira, 13 de maio de 2025

Vida e História de Papa Leão XIV: Robertum Franciscum Prevost

 

Fonte: Vatican News

Primeiro papa agostiniano, ele é o segundo pontífice americano após Francisco. No entanto, ao contrário de Bergoglio, o estadunidense Robert Francis Prevost, de 69 anos, é natural do norte do continente. O novo bispo de Roma nasceu em 14 de setembro de 1955 em Chicago, Illinois, filho de Louis Marius Prevost, com ascendência francesa e italiana, e de Mildred Martínez, de origem espanhola. Ele tem dois irmãos: Louis Martín e John Joseph.

Passou sua infância e adolescência com a família, estudando inicialmente no Seminário Menor dos Padres Agostinianos e, posteriormente, na Villanova University, na Pensilvânia, onde se graduou em Matemática e Filosofia em 1977. No dia 1º de setembro do mesmo ano, ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho (OSA) em St. Louis, na província de Nossa Senhora do Bom Conselho, em Chicago, fazendo sua primeira profissão em 2 de setembro de 1978. Em 29 de agosto de 1981, emitiu seus votos solenes.

Estudou na Catholic Theological Union em Chicago, graduando-se em Teologia. Aos 27 anos, seus superiores o enviaram a Roma para estudar Direito Canônico na Pontifícia Universidade de Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Na Urbe, foi ordenado sacerdote em 19 de junho de 1982, no Colégio Agostiniano de Santa Mônica, por Dom Jean Jadot, então pró-presidente do Pontifício Conselho para os Não Cristãos, hoje Dicastério para o Diálogo Inter-religioso.

Prevost obteve sua licenciatura em 1984 e, no ano seguinte, enquanto preparava sua tese de doutorado, foi enviado para a missão agostiniana em Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986). Em 1987, defendeu sua tese de doutorado sobre “O papel do prior local da Ordem de Santo Agostinho” e foi nomeado Diretor de Vocações e Diretor de Missões da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” em Olympia Fields, Illinois (EUA).

No ano seguinte, integrou a missão de Trujillo, também no Peru, como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. Durante onze anos, ocupou os cargos de Prior da comunidade (1988-1992), Diretor de Formação (1988-1998) e formador dos professos (1992-1998). Na Arquidiocese de Trujillo, foi Vigário Judicial (1989-1998) e Professor de Direito Canônico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”. Simultaneamente, cuidou pastoralmente de Nossa Senhora Mãe da Igreja, que mais tarde se tornou paróquia sob o título de Santa Rita (1988-1999) na periferia pobre da cidade, e atuou como administrador paroquial de Nossa Senhora de Monserrat de 1992 a 1999.

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Agostiniana “Mãe do Bom Conselho” de Chicago. Dois anos e meio depois, durante o Capítulo Geral Ordinário da Ordem de Santo Agostinho, seus coirmãos o escolheram como prior geral, sendo confirmado em 2007 para um segundo mandato.

Em outubro de 2013, retornou à sua província agostiniana em Chicago, onde atuou como diretor de formação no convento de Santo Agostinho, primeiro conselheiro e vigário provincial – funções que exerceu até que o Papa Francisco o nomeou, em 3 de novembro de 2014, administrador apostólico da diocese peruana de Chiclayo, elevando-o à dignidade episcopal como bispo titular de Sufar. Ele tomou posse na diocese em 7 de novembro, na presença do Núncio Apostólico James Patrick Green, que o ordenou bispo um pouco mais de um mês depois, em 12 de dezembro, na festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral de Santa Maria.

Seu lema episcopal é “In Illo uno unum”, uma frase pronunciada por Santo Agostinho em um sermão, na Exposição sobre o Salmo 127, para explicar que, embora os cristãos sejam muitos, no único Cristo formam um só corpo.

Em 26 de setembro de 2015, foi nomeado bispo de Chiclayo pelo pontífice argentino e, em março de 2018, foi eleito segundo vice-presidente da Conferência Episcopal Peruana, onde também integrou o Conselho Econômico e presidiu a Comissão de Cultura e Educação.

Em 2019, por decisão de Francisco, foi incluído entre os membros da Congregação para o Clero em 13 de julho de 2019 e, no ano seguinte, entre os membros da Congregação para os Bispos (21 de novembro). Nesse meio tempo, em 15 de abril de 2020, recebeu a nomeação pontifícia como administrador apostólico da diocese peruana de Callao.

Em 30 de janeiro de 2023, o Papa o convocou a Roma como Prefeito do Dicastério para os Bispos e Presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, promovendo-o a arcebispo. No Consistório de 30 de setembro do mesmo ano, foi criado cardeal, recebendo o diaconato de Santa Mônica. Prevost tomou posse em 28 de janeiro de 2024 e, como chefe do dicastério, participou das últimas viagens apostólicas do Papa Francisco e das duas sessões da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, realizadas em Roma de 4 a 29 de outubro de 2023 e de 2 a 27 de outubro de 2024, respectivamente. Essa experiência em assembleias sinodais já havia sido adquirida no passado como Prior dos Agostinianos e representante da União dos Superiores Gerais (UGS).

Além disso, em 4 de outubro de 2023, Francisco o incluiu entre os membros dos Dicastérios para a Evangelização, Seção para a Primeira Evangelização e as Novas Igrejas Particulares; para a Doutrina da Fé; para as Igrejas Orientais; para o Clero; para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; para a Cultura e a Educação; para os Textos Legislativos; e da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano.

Finalmente, em 6 de fevereiro deste ano, foi promovido à ordem dos bispos pelo Pontífice argentino, recebendo o título de Igreja Suburbicária de Albano.

Durante a última hospitalização de seu predecessor no hospital ‘Gemelli’, Prevost presidiu o rosário pela saúde de Francisco em 3 de março na Praça São Pedro.